Petroleiros iniciam greve nacional contra proposta de acordo coletivo da Petrobras; funcionários de Pernambuco aderem à greve

Os trabalhadores do sistema Petrobras deram início, nesta segunda-feira (15), a uma greve nacional em protesto contra a proposta da empresa para o novo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). A paralisação é coordenada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), que considera a proposta da estatal insuficiente para atender a pontos considerados essenciais pela categoria.  

Entre as principais reivindicações estão a solução definitiva para os Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros, que impactam aposentados e pensionistas, a distribuição mais justa da riqueza gerada, com garantia de condições dignas de trabalho e salários, além da defesa da pauta contra privatizações.  

Em nota, a FUP criticou a contraproposta apresentada pela empresa, que oferece 0,5% de ganho real e, segundo a entidade, impõe diferenciações entre trabalhadores da holding e das subsidiárias. "Uma provocação!", definiu a federação.

Em Pernambuco, o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Petróleo e Gás Natural dos Estados de Pernambuco e Paraíba (Sindipetro PE-PB) informou que 91% da categoria aprovou a adesão à greve após assembleias realizadas nos últimos dias.  

A Petrobras, por sua vez, declarou que a paralisação não impactará a produção de petróleo e derivados. A estatal afirmou ter adotado medidas de contingência para manter as operações e garantir o abastecimento ao mercado.  

A empresa disse ainda estar em negociação com os sindicatos desde o fim de agosto e que sua proposta mais recente, apresentada no dia 9 de dezembro, contempla avanços relevantes nos pleitos sindicais.