Trabalhadores pernambucanos são resgatados em condições insalubres em restaurante de São Paulo
Foto: Reprodução/g1
A Prefeitura de Mogi das Cruzes, em São Paulo, resgatou cerca de 170 trabalhadores pernambucanos que viviam em condições insalubres em um alojamento mantido por um restaurante recém-inaugurado na cidade. O grupo, composto por homens e mulheres do Grande Recife, havia sido recrutado para trabalhar no Restaurante da Fazenda – Mogi das Cruzes, que faz parte de uma rede de comida caipira.
O caso veio à tona após 18 funcionários procurarem uma UPA entre sexta (3) e sábado (4) com sintomas de intoxicação alimentar. A Vigilância em Saúde foi até o local e encontrou o alojamento em situação degradante, com falta de higiene, ausência de alimentos e água potável.
Diante das irregularidades, a Vigilância Sanitária interditou o restaurante, levando em conta que funcionários contaminados manipulavam alimentos servidos aos clientes.
Nas redes sociais, o estabelecimento afirmou que a suspensão foi um “mal-entendido externo, alheio à operação” e garantiu estar colaborando com as autoridades para esclarecer os fatos.
Um dos trabalhadores, Fábio Wigson, relatou à TV Diário, afiliada da TV Globo, que o recrutamento foi feito por um morador do Recife, via aplicativo de mensagens. Segundo ele, o grupo viajou em um ônibus clandestino que saiu da Macaxeira, na Zona Norte do Recife, e só ao chegar em São Paulo descobriu que teria de pagar R$ 850 pela passagem, descontados do salário.
“Chegando aqui, faz cerca de cinco dias que estamos, fomos informados que a gente iria pagar essa passagem. Que tiraria valor do nosso bolso para nos manter na viagem, comprar alimento, água e tomar banho”, contou Wigson.
Ele também descreveu banheiros sujos, cozinha sem utensílios e ausência de limpeza diária no local onde viviam.
De acordo com a Prefeitura de Mogi das Cruzes, 34 funcionários foram levados para abrigos preparados pela gestão municipal, onde receberam alimentação, atendimento médico e orientação jurídica. Há indícios de que os trabalhadores não tinham registro formal e cumpriam jornadas superiores às previstas por lei.
Aos que optaram por não ir para o abrigo, o proprietário do restaurante se comprometeu a custear hospedagem em hotéis.
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